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Você sabe qual é a relação entre LGPD e marketing digital? A Lei Geral de Proteção de Dados está provocando grandes mudanças nas estratégias adotadas pelas empresas brasileiras. Com base nas exigências legais, é preciso reavaliar todas as interações com o seu público – trazendo mais clareza e transparência, e eliminando práticas invasivas.
O principal objetivo por trás da LGPD é garantir a proteção e a transparência no gerenciamento dos dados pessoaiscoletados pelas empresas brasileiras. Por conta disso, muitas práticas de marketing digital que já eram comuns precisam ser revistas.
A tendência é uma busca pela utilização de métodos mais limpos e naturais para interagir com o público. Apesar de um estranhamento inicial para agir dentro dos limites legais, essa também é uma maneira de evoluir as estratégias de marketing digital – garantindo mais valor para o cliente com interações significativas e transparentes.
Neste artigo vamos entender melhor a relação entre LGPD e marketing digital. Acompanhe!
O que é a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados é uma lei brasileira baseada na lei europeia General Data Protection Regulation (GDPR), que foi criada após os escândalos de vazamento de dados pessoais de usuários do Facebook para aumentar o controle sobre a forma como as empresas utilizam os dados pessoais coletados de seus clientes.
A finalidade da LGPD é controlar o uso dos dados pessoais coletados pelas empresas brasileiras. Ou seja, agora existe uma regulação e limites para o uso dessas informações – impedindo que a privacidade das pessoas seja violada.
Na prática, estamos falando sobre uma legislação que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.
Veja quais são os fundamentos legais da proteção de dados:
- Respeito à privacidade;
- Autodeterminação informativa;
- Liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião;
- Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
- Desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
- Livre iniciativa, livre concorrência e defesa do consumidor; e
- Direitos humanos, livre desenvolvimento da personalidade, dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
Quais são os impactos da LGPD no marketing digital?
A LGPD tem efeito sobre todas as pessoas jurídicas brasileiras. Porém, aquelas que já adotam práticas de coleta de dados de seus clientes devem ter uma atenção especial.
Como você pode imaginar, LGPD e marketing digital possuem uma relação muito próxima. Afinal, a coleta de leads e uso das informações de contato do público é uma das estratégias mais comuns adotadas quando falamos sobre ações de marketing na internet.
Com as mudanças proporcionadas pela LGPD, o consumidor deve ser informado de forma clara e específica como seus dados serão utilizados. Ou seja, as informações coletadas em um atendimento para passar informações sobre o serviço da empresa não podem ser usadas para outras finalidades sem autorização – como para o envio de e-mails marketing, por exemplo.
Outro ótimo exemplo do uso de dados do público no marketing digital é a criação de anúncios de remarketing no Facebook ou Google – que são veiculados com base em dados coletados dos usuários.
Portanto, muitas rotinas dos profissionais de marketing digital precisam ser revistas – gerando um impacto direto nas estratégias adotadas pelas organizações brasileiras.
Impactos práticos da LGPD nas suas estratégias
Quando investigamos mais a fundo os impactos entre LGPD e marketing digital, podemos destacar três pontos principais que merecem a sua atenção:
- Permissão de tratamento dos dados. Com a LGPD, passa a ser necessário solicitar a permissão dos usuários para o uso de seus dados – gerando impactos em áreas relacionadas à captação de leads e seu uso, como redes sociais, e-mail marketing, entre outras.
- Acesso aos dados. Um dos objetivos da LGPD é garantir aos usuários um controle muito maior sobres seus dados, sendo possível acessá-los e excluí-los sempre que desejarem. Ou seja, os leads podem solicitar a remoção de seus dados pessoais da base de dados das empresas no momento em que quiserem.
- Justificação de dados coletados. Outra exigência da LGPD é que o processamento de dados pessoais coletados seja justificado pelas empresas. Ou seja, quando uma empresa solicita os dados pessoais de uma pessoa, ela precisa ter um motivo legalmente justificado – e seu uso fica limitado a essa finalidade.
Como se adaptar à LGPD e marketing digital?
Quer dar os principais passos para adaptar suas ações de marketing digital às exigências da LGPD? Veja algumas dicas:
1. Reveja os processos de coleta e manutenção de dados
Os formulários de cadastro de dados merecem uma atenção especial na adaptação à LGPD. É essencial informar ao usuário o que será feito com essas informações. E isso vale tanto no ambiente digital (sites, apps e outras campanhas) quanto no ambiente físico (no stand de vendas, em eventos, entre outros pontos de contato com o cliente).
2. Arquivamento de informações
Por conta da LGPD, não é permitido pedir informações sem uma finalidade imediata. Ou seja, as empresas não podem mais criar um extenso formulário para coleta de leads e explorar essas informações em diversas ações no futuro – a não ser que o usuário autorize expressamente. Além disso, sempre que você quiser um novo dado do seu cliente, será necessário um novo consentimento.
3. Descarte ações intrusivas
Muitas empresas buscavam ter acesso a grandes bases de dados com informações de contato de diversos potenciais clientes para poder enviar e-mail marketing ou veicular anúncios segmentados. Porém, essas são ações que devem ser descartadas para não violar a LGPD.
4. Peça autorização para o uso de cookies
Você já notou como muitos sites passaram a solicitar autorização para utilização dos cookies? Essa é uma consequência da LGPD – que permite somente o uso dos cookies estritamente necessários para a navegação ou utilização da solução. Todos os demais usos necessitam de consentimento.
5. Mantenha uma comunicação transparente
Seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados, remover os dados de um banco de dados ou remover o consentimento em relação ao seu uso deve ser tão fácil quanto foi fornecê-lo. Para isso, é importante manter a transparência e facilitar esse processo.
6. Use o bom senso
Quando falamos sobre LGPD e marketing digital, o segredo está no uso do bom senso. Com base nos fundamentos e princípios da legislação é possível ter uma boa ideia do que é aceitável ou não.
7. Encontre ferramentas atualizadas
Além de atualizar as estratégias da sua empresa, também é preciso encontrar parceiros confiáveis que estejam adaptados às exigências da LGPD. Um bom exemplo disso é o RD Station – uma plataforma de automação que possui funcionalidades de gerenciamento de leads –, que já implementou atualizações para garantir o tratamento correto dos dados pessoais dos usuários.
Mantenha-se atualizado para construir sucesso na internet!
Acabamos de ver a relação entre LGPD e marketing digital – e a necessidade de se adaptar a essa legislação. Dessa forma, é possível continuar executando ações bem-sucedidas na internet sem desrespeitar a privacidade do seu cliente.
Esse é apenas uma das várias necessidades de atualização no marketing digital: legislação, estratégias, ferramentas, entre outras. E coordenar todas essas questões é essencial para construir um caminho de sucesso para o seu negócio na internet.
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